quarta-feira, 30 de maio de 2007

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domingo, 27 de maio de 2007

In Expresso (26 de Maio de 2007)

Os alvos dos «skins»

PJ fez buscas na cadeia

Durante uma semana as fotografias de 23 jovens, rapazes e raparigas, ilustrou a página do «site» Fórum Nacional, ponto de encontro cibernético da extrema-direita em Portugal. Eram alvos a abater. “Havia mensagens claras de incitação à agressão àqueles elementos. A única coisa estranha é que eram todos brancos e com aspecto físico semelhante ao dos «skinheads»”, conta uma fonte judicial. Eram todos membros de grupos de «skins» de extrema-esquerda ou anti-racistas, como os «red-skins» ou os SHARPS (Skin Heads Against Racism Prejudice), inimigos dos cabeças rapadas neonazis. As fotos foram retiradas da Internet - de «sites» de extrema-esquerda, do Messenger e do fórum HI5.

Entre 2004 e 2007, em vários locais da Grande Lisboa e na margem sul, seis destes jovens acabaram por ser agredidos violentamente ou ameaçados com armas de fogo, como sucedeu ao membro da claque do Estoril ligada à extrema-esquerda. Uma rapariga foi espancada a pontapé, em Corroios, por dois dos detidos pela PJ no mês passado e ficou com quatro dentes partidos. Há outra jovem que também foi atacada na rua. Um dos agredidos reconheceu os atacantes e acabou por lançar a Polícia Judiciária na pista do grupo mais radical dos «skinheads» de extrema-direita, os «hammerskins». As várias queixas dispersas nas esquadras da PSP e da GNR foram sendo organizadas num único processo.

O Expresso sabe que a maior parte dos dez detidos pela PJ a 18 de Abril deste ano estão envolvidos, directa ou indirectamente, nestas agressões. Mário Machado, o único a ficar em prisão preventiva, terá participado numa das agressões. “E deu indicações precisas sobre as moradas e os locais onde costumavam parar todos os outros”, garante a fonte. Os seis agredidos são testemunhas no processo contra os «skinheads» e uma cópia da página do Fórum Nacional é uma das provas que vão constar na acusação do Ministério Público. No processo há várias páginas do Fórum com conversas de incitamento ao ódio racial entre os participantes. O fórum foi encerrado.

Outra das provas recolhidas pela PJ resulta de uma vigilância a um grupo de 12 «hammerskins» que se deslocou à cidade da Maia, no Norte do país para uma acção punitiva contra o líder dos Blood and Honour, um grupo neonazi rival. O alvo trabalhava na peixaria do Jumbo da Maia. Quando o grupo chegou, o hipermercado já tinha fechado. Os «skins» foram fotografados a forçar a entrada à procura do peixeiro, que entretanto já tinha saído.

No regresso ao Porto o grupo avistou um homem negro ao volante de um Porsche. Barraram-no, obrigaram-no a parar e atacaram o carro a soco e pontapé. “A sorte do homem foi nunca ter saído do carro”, explica a mesma fonte. A polícia fotografou tudo, mas não chegou a intervir. O processo está a correr no DIAP, ainda na fase de inquérito e poderá ter novos arguidos. Há duas semanas, a PJ fez revistas em duas cadeias do país. Em Paços de Ferreira, onde está detido Michael Gonçalves, que cumpre 18 anos de prisão pelo homicídio de um árabe em França, foi apreendida uma bandeira nazi, material de propaganda e um blusão de «hammerskin». No Estabelecimento Prisional de Lisboa foi revistada a cela de Paulo Veríssimo, que cumpre quatro anos e meio de cadeia por tráfico de droga, depois de ter sido apanhado com cerca de dois quilos de cocaína quando regressava de Cabo Verde.

Foi também encontrado material de propaganda nazi e na casa dos pais do recluso foi apreendida uma caçadeira ilegal que Veríssimo admitiu ser sua. Estes dois reclusos têm ligações fortes com os «skinheads» neonazis. A 18 de Abril a PJ deteve dez homens suspeitos de pertencerem aos «hammerskins». Estão todos indiciados por agressões e pelo crime de incitamento à xenofobia.

Polícia é arguido no processo

O agente não esconde aos colegas as convicções nacionalistas e foi detido em flagrante na posse de armas proibidas

Um agente da Polícia Municipal de Oeiras foi constituído arguido no chamado processo dos «skinheads». A casa onde mora foi alvo de uma busca e os inspectores da Polícia Judiciária encontraram uma soqueira e um bastão extensível - armas proibidas por lei.

O polícia não chegou a ser presente ao juiz de instrução criminal mas foi interrogado nas instalações da Direcção Central de Combate ao Banditismo e constituído arguido pela posse de armas ilegais. O polícia, que continua ao serviço em Oeiras, é um velho conhecido dos investigadores que seguem os passos dos movimentos «skin» e nacionalista. “Foi ele que pediu autorização ao Governo Civil para a manifestação anti-imigração do Martim Moniz, há dois anos”, conta uma fonte policial.

Durante o tempo em que os «skinheads» mais radicais foram vigiados e escutados pelos investigadores da DCCB, o polícia municipal nunca se envolveu em situações de violência ou criminosas. Mas é um frequentador habitual do Fórum Nacional na Internet e tornou-se um alvo para a PJ.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Bota tacho! Que já há poucos...

Aproveitando as recentes mudanças no Ministério da Administração Interna, o Primeiro Ministro mexeu também na orgânica do Governo criando mais uma Secretaria de Estado: Secretaria de Estado da Modernização Administrativa...

Mas que é isto?
Um verdadeiro insulto aos contribuintes do país, digo eu na minha humilde opinião!

Músicos brigantinos:

MK a.k.a. Nocivo: "Cidade Do Pecado"


Intolerância 0: "Unha Suja"


OldSchool: "Carne p'ra canhão"

terça-feira, 15 de maio de 2007

Christiania Resiste!!!!

Bandeira de Christiania

Christiania ou a "Cidade Livre" como também é conhecida era um bairro de quarteis militares abandonado em Copenhaga na Dinamarca.

Mapa com a localização de Christiania em Copenhaga

Em 1971 o bairro foi ocupado por várias pessoas como protesto contra o governo dinamarquês pois achavam que os preços das casas e rendas eram muito elevados. Esta comunidade conseguiu um estatuto semi-legal e tem sido administrada pelos seus habitantes desde então. Deve-se referir que esta comunidade conta com mais de 850 habitantes no total! Tornou-se também um centro de cultura alternativa para os jovens internacionalmente conhecido.

Desde há alguns anos que os sucessivos governos dinamarqueses têm tentado acabar com esta comunidade, e recentemente, o actual governo ordenou que fosse demolido um edifício que servia de albergue a muitos sem abrigo.

A resistência dos jovens não se fez esperar, tendo-se registado vários confrontos com as autoridades.

Fica um video dos confrontos da noite passada (de 14 para 15 de Maio)


segunda-feira, 14 de maio de 2007

Já não sei se é incoerência ou pura estupidez!

Surgiu recentemente na WWW um novo blog de nome Bragança Nacional.
Este blog tem como autor a mesma pessoa que criou e mantém o, já conhecido, blog Holocausto. Isto mesmo foi referido num post deste último blog pelo autor.
No "Holocausto", o referido cidadão assina-se como "Nazione", no "Bragança Nacional" assina-se como "André". Uma dupla personalidade a que já nos habituou... Uns posts a criticar actos de vandalismo, e depois posts a exibirem orgulhosamente "graffities" elaborados pelo prório!

Voltemo-nos agora para o blog "Bragança Nacional"!
Neste blog podemos encontrar um post com o título "Bragança vandalizada" e que diz o seguinte: "Em nome de uma estranha liberdade, estas "pessoas" vandalizaram por completo um parque...Em breve ajudaremos a limpar Bragança!"
Pois bem: Acontece que, muito antes de aparecerem as pinturas que o autor do blog estratégicamente captou, já existiam umas pinturas abordando temáticas nazis ou fascistas a uns escassos metros ao lado! Estas pinturas foram orgulhosamente exibidas pelo Nazione no blog Holocausto como sendo da sua autoria... Agora, o André vem para a blogosfera criticar aquilo que o seu alter-ego faz...
Fartos deste tipo de actos, publicamos uma apresentação em flash com imagens de pinturas que este jovem tem feito por este país fora, incluindo na nossa cidade! Refira-se que algumas das imagens foram publicadas pelo próprio no blog Holocausto! A apresentação tem cerca de 1,3 Mb, por isso é natural que demore um pouco a carregar.

Mais uma vez reforçamos que, no Movimento Bragança Antifascista, repudiamos qualquer acto de vandalismo, recusando a responsabilidade por qualquer pintura que aborde temáticas que nós defendemos, compromotendo-nos ainda com as entidades responsáveis a colaborar com elas para que os autores de tais actos sejam punidos de acordo com o estabelecido legalmente!
Nós não estragamos! Há maneira cívicas de passarmos a nossa palavra!

Fiquem com a apresentação:





(Obs.: Não façam "AUTOPLAY"! Quando quiserem mudar de imagem cliquem em "NEXT"!)

Estamos ainda a elaborar uma videoreportagem acerca deste tema que oportunamente publicaremos aqui.

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Primeira Reunião Geral do Movimento Antifascista Português


Assistimos a um intolerável escalamento e branqueamento do fascismo, apenas três decadas do fim do regime salazarista.
Pode parecer uma afirmação exagerada, mas se examinarmos os acontecimentos políticos e sociaias dos ultimos tempos (e mesmo dos ultimos anos), verificamos que não está, de todo, longe da verdade.

A semana em que se celebraram o 25 de Abril e o 1º de Maio, foi uma semana bastante significativa, tanto positiva como negativamente. Além de ter lugar as marchas tradicionais do 25ª de Abril, este ano foi também marcado por uma manifestação antifascista que reuniu um numero significativo de apoiantes, e penso que tenha sido prova suficiente que os antifas são muitos e não têm medo de se expressar ou movimentar. No entanto, foi também nesta altura que teve lugar uma manifestação de carácter fascista e de um certo revivalismo nacional-socialista repugnte, em jeito de provocação, mesmo no dia de todos os trabalhadores, sendo uma afronta e ofensa não so para estes para com todos os que se revêm em ideais de esquerda.

Não podemos cometer erros ou ser ingénuos, enfrentamos fanáticos (na sua maior parte) extremamente organizados, que conseguem convocar e cordenar os seus militantes em poucos dias e com uma significativa eficácia (comco nos foi comprovado diversas vezes, entre elas na pintura do Mural da FLUL), e muitas vezes gozam de um tipo de protecção tácita por parte das forças policiais., que não os autorizam explicitamente, mas ficam impávidos quando estes provocam, ameaçam tiram fotos etc. Temos, para que estes episódios não se repitam, encetar uma resposta igualmente organizada, consistente e eficaz.
Por este mesmo motivo, no DIA 19 ás 14 horas realizar-se-á uma reunião geral do M.A.P., na TOCA. Penso que seja desnecessário referir que este poderá possivelmente ser um dos momentos mais importantes deste movimento, por isso é de EXTREMA importância a participação de todos os antifascistas, opositores ao fascismo e mesmo simpatizantes, em suma, todos que estejam descontentes com esta ascensão e branqueamento fascista. Daqui existem duas saídas: ou são criadas as bases para uma organização que de facto enfrenta e responde á extrema direita de forma eficiente, ou continuamos a ser um movimento com a existência focada no ciber-espaço onde de facto ha muita discussão ( o que não deixa de ser importante) mas pouco se faz em termos de acção directa.Esqueçamos, entao, o que nos separa e incentivemos e lembremos sempre o que nos UNE: a LUTA ANTIFASCISTA

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Rostock 2007



Em Junho deste ano os chefes de estado dos países do G8 vão-se reunir em Rostock no norte da Alemanha. Está a ser feita uma enerome moblização a nível mundial por parte de vários grupos anti-globalização.

Existe um grupo português que também está a organizar uma excursão a Rede G8 Portugal, no qual se vai inserir o grupo do Movimento Antifascista Português no caso de se consegurem reunir os recursos necessários.

Se houver alguém interessado em participar não exite em mandar um mail. Fica aqui o mapa da semana de protestos:

Sábado, 2 de Junho: a semana começa com a grande manifestação.

Domingo, 3 de Junho: haverá uma iniciativa de abertura dos vários grupos de activistas.

Segunda, 4 de Junho: dia de Acção pela Migração, sob o slogan “Pela Livre Circulação! Direitos Iguais para Tod@s!”, com debates, acções e momentos.

Terça, 5 de Junho: dia de Acção contra o Militarismo, Guerra, Tortura e o Estado Mundial de Emergência, o objectivo é bloquear e cercar o aeroporto de Rostock-Laage, para dar as “boas-vindas” aos 8 Chefes de Estado. À noite, começa a Cimeira Alternativa que vai continuar até quinta-feira.

Quarta, 6 de Junho: inicio dos bloqueios contra a Cimeira.

Quinta, 7 de Junho: vai haver um concerto com Herbert Grönemeyer, cujo tema será “Música e Mensagens”, bem como outros bloqueios e outras manifestações, com a participação de porta-vozes internacionais na abertura.

Sabe-se também que o NPD (partido fascista alemão) está a organizar uma grande manifestação que se espera que junte à volta de 1500 pessoas para assumir os neo-nazis como os "verdadeiros anti-capitalistas"!!!

Por esta razão foi feito um apelo aos vários movimentos antifa europeus para rumarem à Alemanha no dia 2 de Junho (dentro do calendário de protestos anti-G8) para se juntarem à luta.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Alguns crimes do Estado Novo

Este post serve para lembrar algumas vítimas do regime do Estado Novo que o povo parece ter esquecido... (afinal Salazar não era assim tão bonzinho)

1931 - O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;

1932 - Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;

1934 - 18 de Janeiro Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal

1935 - Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);

1936 - Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

1937 - Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos;

1938 - António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;

1939 - Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;

1940 - Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;

1941 - Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;

1942 - Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;

1943 - Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;

1944 - General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.

1945 - Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;

1946 - Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;

1947 - José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;

1948 - António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;

1950 - Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;

1951 - Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;

1954 - Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;

1957 - Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;

1958 - José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;

1961 - Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;

1962 - António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;

1963 - Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;

1964 - Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;

1965 - General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;

1967 - Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, morre vítima de tortura na PIDE;

1968 - Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;

1969 - Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;

1972 - José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;

1973 - Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;

1974 - 25 de Abril, Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas. A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas asinúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão. Mais ainda. Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico. Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquistas. Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Um novo outdoor...


Isto foi publicado na ultima edição do Expresso.


Ainda relativo à manifestação do 25 de Abril