sexta-feira, 11 de maio de 2007

Primeira Reunião Geral do Movimento Antifascista Português


Assistimos a um intolerável escalamento e branqueamento do fascismo, apenas três decadas do fim do regime salazarista.
Pode parecer uma afirmação exagerada, mas se examinarmos os acontecimentos políticos e sociaias dos ultimos tempos (e mesmo dos ultimos anos), verificamos que não está, de todo, longe da verdade.

A semana em que se celebraram o 25 de Abril e o 1º de Maio, foi uma semana bastante significativa, tanto positiva como negativamente. Além de ter lugar as marchas tradicionais do 25ª de Abril, este ano foi também marcado por uma manifestação antifascista que reuniu um numero significativo de apoiantes, e penso que tenha sido prova suficiente que os antifas são muitos e não têm medo de se expressar ou movimentar. No entanto, foi também nesta altura que teve lugar uma manifestação de carácter fascista e de um certo revivalismo nacional-socialista repugnte, em jeito de provocação, mesmo no dia de todos os trabalhadores, sendo uma afronta e ofensa não so para estes para com todos os que se revêm em ideais de esquerda.

Não podemos cometer erros ou ser ingénuos, enfrentamos fanáticos (na sua maior parte) extremamente organizados, que conseguem convocar e cordenar os seus militantes em poucos dias e com uma significativa eficácia (comco nos foi comprovado diversas vezes, entre elas na pintura do Mural da FLUL), e muitas vezes gozam de um tipo de protecção tácita por parte das forças policiais., que não os autorizam explicitamente, mas ficam impávidos quando estes provocam, ameaçam tiram fotos etc. Temos, para que estes episódios não se repitam, encetar uma resposta igualmente organizada, consistente e eficaz.
Por este mesmo motivo, no DIA 19 ás 14 horas realizar-se-á uma reunião geral do M.A.P., na TOCA. Penso que seja desnecessário referir que este poderá possivelmente ser um dos momentos mais importantes deste movimento, por isso é de EXTREMA importância a participação de todos os antifascistas, opositores ao fascismo e mesmo simpatizantes, em suma, todos que estejam descontentes com esta ascensão e branqueamento fascista. Daqui existem duas saídas: ou são criadas as bases para uma organização que de facto enfrenta e responde á extrema direita de forma eficiente, ou continuamos a ser um movimento com a existência focada no ciber-espaço onde de facto ha muita discussão ( o que não deixa de ser importante) mas pouco se faz em termos de acção directa.Esqueçamos, entao, o que nos separa e incentivemos e lembremos sempre o que nos UNE: a LUTA ANTIFASCISTA

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