sábado, 20 de fevereiro de 2010
Fórum Antifascista de novo online!
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Acção em defesa do Tua
Na madrugada de quinta-feira dia 28 de Janeiro de 2010 levámos a cargo uma acção simbólica em defesa da linha e do vale do Tua. Os locais visados foram escolhidos pela sua quota-parte no processo plutocráctico que parece ter condenado em definitivo um património quer natural quer cultural. São eles a sede da EDP no Marquês de Pombal, a sede da REFER em Santa Apolónia, a sede da CP na Calçada do Duque, o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
A documentação textual e fotográfica desta acção pode ser consultada na página: http://caretoslisboa.blogspot.com
Ao destruir esta linha destruir-se-á uma infraestrutura de transporte energeticamente eficiente para construir uma barragem ineficiente. Destruir-se-á uma infraestrutura importante para a coesão social e fixação das populações. Destruir-se-á um potencial turístico e de desenvolvimento económico. Continua-se a represar e matar os rios e o povo de Trás-os-Montes, região que produz já metade de toda a energia hídrica em Portugal, e que continua a definhar económica e socialmente. Pelo desenvolvimento, pelo povo transmontano, contra a destruição da linha e do vale do Tua:
Caretos de Lisboa
Apresentamos no seguinte comunicado as razões para esta acção.
COMUNICADO
O que querem fazer é um crime! (Mário Soares, em visita à linha do Tua [RTP, 28/2/2008])
A linha do Tua é uma linha ferroviária de via estreita que atravessa a região de Trás-os-Montes e Alto Douro. A sua construção iniciou-se ainda no século XIX, ficando concluída em 1906 a ligação entre a linha do Douro e Bragança, a capital de distrito. Dos cerca de 134 km iniciais funcionam hoje apenas alguns parcos quilómetros, distribuídos por oito estações que servem a cidade de Mirandela. Desde a infame noite do roubo de 1992 que cortou a ligação a Bragança até aos sucessivos acidentes que têm vindo a adiar a circulação na restante linha, o futuro do único transporte ferroviário nesta região está em risco. Outra ameaça advém da construção da barragem da foz do Tua, inserida no Plano Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico (PNB). Outorgada à EDP, a conclusão do paredão da barragem ditaria em definitivo o fim da linha do Tua tal como a conhecemos, devido à submersão duma parte do seu troço e o seu consequente isolamento da rede ferroviária nacional.
As justificações avançadas para o fecho de vários troços da linha e para o avanço da barragem são várias e estão em última análise intimamente ligadas. A desconstrução de tais razões tem vindo a ser sucessivamente feita por alguns partidos com assento no parlamento, por movimentos cívicos e por algumas das autarquias afectadas e com a defesa concomitante da preservação da linha e do vale do Tua. Relembremos brevemente os pontos principais.
Quanto à barragem, refira-se que a da foz do Tua faz parte de um pacote de dez proposto pela legislatura anterior, cujo objectivo seria diminuir quer a libertação de gases de efeito de estufa, quer assegurar uma maior produção endógena de energia eléctrica. Um relatório recente encomendado pela Comissão Europeia faz eco das críticas lançadas por várias organizações ambientalistas: o PNB foi mal planeado por ignorar as exigências de qualidade do Plano Nacional da Água, os próprios Planos de Ordenamento das Bacias Hidrográficas e os efeitos de erosão costeira. Em termos energéticos, há também várias falácias. Em 2009, às oito hidroeléctricas licenciadas nesse ano corresponde um aumento da potência média de 130 MW, o que corresponde apenas a 2,2 GW do consumo nacional, valor que, surpreendentemente, iguala a procura anual de energia eléctrica. Este avultado investimento no PNB ainda se torna mais inexplicável se tivermos em conta que, em termos energéticos, a principal dependência do país respeita à importação de petróleo, o que não está de todo relacionado com a implementação de energias renováveis; o sector dos transportes rodoviários, em particular, era responsável por cerca de 33% da energia usada em Portugal em 2006 e é verosímil que essa percentagem continue a aumentar; há portanto uma profunda contradição entre o querer aumentar a proporção de energias renováveis enquanto se concedem subsídios ao sector automóvel, a par dos sucessivos investimentos de centenas de milhões de euros em auto-estradas. O próprio orçamento de estado de 2010 trata o investimento nas barragens numa lógica geradora de emprego mas não reporta nem a pouca especialização necessária para os mesmos, nem a sua duração estar ligada apenas ao tempo de feitura das obras, nem os custos a longo prazo que todas elas provocarão. Reina a propaganda alegre que se alimenta destas obras sem visão. Sem um plano de educação para a eficiência energética, as barragens vão apenas protelar o problema do aumento da intensidade energética do país enquanto delapidam recursos e valores irrecuperáveis.
Ao nível local, os absurdos da barragem da foz do Tua tornam-se ainda mais flagrantes. A localização prevista para o paredão situa-se apenas a um quilómetro do vale do Douro, património mundial da humanidade. Além de submergir e afectar a agricultura e a vitivinicultura locais através dos novos níveis de humidade, é certo que descaracterizará, completa e irreversivelmente, a beleza paisagística não só da afluência do Tua no Douro mas também do próprio vale do Tua. O Estudo de Impacte Ambiental, para além destes efeitos nefastos, menciona também o risco sísmico acrescido com a instalação da barragem e os efeitos negativos daí decorrentes para as economias locais e para o movimento e dinâmica das populações. A EDP, através de uma campanha de publicidade fraudulenta que contou com a vergonhosa conivência da TSF, tentou deturpar estes factos; sugeriu até que a barragem do Tua introduziria desenvolvimento, turismo e emprego. Se de facto as barragens acrescentassem algo ao desenvolvimento local, como explicar o paradoxo de mais de metade da produção hidroeléctrica nacional estar sedeada na região de Trás-os-Montes e daí não ter acrescido nenhuma riqueza local? A região é na verdade a mais pobre do país e uma das mais pobres da União Europeia. A lógica parece ser, uma outra vez, a de sacrificar ou suspender o desenvolvimento da região trasmontana em função do suposto benefício nacional, o que é, para as suas populações, um fado recorrente que as tem votado ao isolamento, à emigração, ao esquecimento.
No caso dos sucessivos fechos dos troços da linha do Tua, a REFER e a CP justificaram as amputações com razões relacionadas com a rentabilidade da linha e com as baixas taxas de utilização da mesma. Para lá de terem omitido desse critério a falta de coordenação com a linha do Douro, os horários desadequados às necessidades das populações e a ausência de publicidade turística aos reconhecidos méritos paisagísticos do vale do Tua, ficou por dizer que um linha será tão mais atractiva quanto mais investimento for nela feito. O que não impediu que em 2006 cerca de 42000 turistas a tenham visitado. A falta de manutenção da linha e das carruagens é tão crónica que a última renovação dos carris e do balastro remonta a 1991. Se as taxas de utilização e respectiva rentabilidade fossem o único critério para decidir a viabilidade de um empreendimento de uma empresa pública, quer o metro do Porto, quer a Carris teriam de fechar portas, dado não cumprirem tais requisitos e serem, tal como a CP e a REFER, empresas públicas com enormes dívidas.
O que deve ser sublinhado e constituir-se como critério fundamental de avaliação da conservação da linha é a coesão regional e social introduzida por tal transporte público. A acessibilidade a transportes e a quantidade de movimentos por eles proporcionados têm influências imediatas na fixação das populações e nas possibilidades reais de trocas de bens e serviços. Num concelho que enfrenta problemas graves de envelhecimento e desertificação, a preservação da linha do Tua é um elemento capital para a sua revitalização. O corte da ligação ferroviária a Bragança em 1992 provocou a perda de capital humano e desfalcou ainda mais o concelho; o discurso político de então prometia o desenvolvimento, numa lógica excludente da ferrovia, através das estradas do IP2 e do IP4; dezoito anos mais tarde, é o mesmo argumento que pretende salvaguardar o desenvolvimento da região através do prolongamento da A4; a complementaridade com a ferrovia não é sequer contemplada, apesar de ter sido durante décadas a única via de comunicação responsável pela ligação do concelho ao litoral e por ter introduzido mais vida no concelho.
Esta estratégia de negligência e abandono da linha do Tua enquadra-se noutra mais geral levada a cabo pelas empresas públicas responsáveis pela danosa administração e gestão da rede ferroviária nacional, com o beneplácito dos vários governos. Não se compreende de todo a parcialidade com que é preterido um transporte eficiente e estruturante em favor de auto-estradas cada vez mais supérfluas, quando no mínimo ambas as modalidades de transporte terrestre deveriam ser complementares. Para o caso do Tua, esta estratégia é ainda mais absurda dado o reconhecido potencial turístico da linha e da região. A linha do Tua está ligada ao Douro – um pólo turístico fundamental, segundo o Plano Estratégico do Turismo – e já em 2012, Bragança estará a 30km de Puebla de Sanabria, uma cidade espanhola com TGV; outra ligação a Espanha por Barca de Alva é também uma concreta possibilidade. Para além de ser um elemento dinamizador das actividades económicas locais, as ligações ferroviárias permitiriam que o turismo vingasse. Á semelhança do que foi feito na própria Espanha, a preservação das vias estreitas representa uma aposta no turismo da natureza e na preservação activa do mundo rural. O desaparecimento da linha e do vale do Tua seria uma calamidade porque significaria precisamente a destruição de uma memória viva, de uma paisagem em que a obra humana está profundamente imbricada na envolvente natural e em que uma não é distinguível da outra. É de facto todo um património que testemunha a possibilidade real de haver construções humanas que não desvirtuam mas até completam a natureza, ao convidarem o homem a nela demorar-se. Quando uma grande parte do Portugal turístico é assolada pela convivência de um urbanismo duvidoso com as respectivas paisagens naturais, é gratificante saber que há ainda valores paisagísticos e produtos genuínos que teimosamente persistem em repontar numa região cronicamente esquecida. É imperioso não ceder ao perigo de transformarmos o vale do Tua e as suas gentes, tal como muitas outras regiões portuguesas, numa memória das gestas de outrora a serem futuramente admiradas num museu, em terras estranhas ao próprio território português de onde assomaram.
Nada do que ficou dito é novidade. Estes argumentos são por demais conhecidos e têm vindo a fazer parte do possível debate entre os proponentes da barragem e os defensores do rio, da linha e da região. Recorde-se a anormal celeridade com que decorreu a concessão à EDP e o silêncio cúmplice das autoridades no que respeita aos acidentes decorridos na linha. Perante a relevância inequívoca dos argumentos, a intenção da EDP e do actual governo levarem a cabo a execução da barragem é nada mais que um autêntico sintoma do pueril sistema democrático do Portugal contemporâneo. O esquecimento do interior, a ridicularização da questão por parte dos deputados eleitos pelos círculos regionais, ao invés de se pautarem pelos interesses das populações que os elegeram, a falta de cidadania da população em geral e a surdez das autoridades competentes para esta questão traduzem a pusilanimidade da nossa democracia. Os transportes são um direito fundamental dos cidadãos e a destruição do vale do Tua será um crime político, cultural e económico, feito com o aval do estado português.
Sem querermos obviar as diligências das poucas iniciativas cívicas e partidárias que alertam para esta infracção por via dos trâmites normais, pretendemos manifestar o nosso desprezo pela forma dissimulada com que as entidades envolvidas lidaram com a questão e com o interesse nacional. A escrita nas paredes das entidades responsáveis é uma escrita de confronto, de alerta e de dever, uma resposta possível à violência do ocorrido: a intencionalmente ridícula campanha de publicidade da EDP, a incúria da CP e da REFER, a promiscuidade dos Ministérios do Ambiente e das Obras Públicas e Transportes e a obediência partidária prometem sacrificar mais uma parte de Portugal a interesses ilegítimos e efémeros. Atribuímos o processo de destruição da linha e do vale do Tua à falência do conceito actual de democracia representativa; se a linha e o vale do Tua são valores nacionais com uma longa história e se a evidência da sua perda não é escutada por quem de direito, devem ser reclamados por todos os portugueses.
Terminamos dizendo basta e apelando à veemente defesa da linha e do vale do Tua por parte de todos os portugueses.
CARETOS LISBOA
Requiem
Viam a luz nas palhas de um curral,
Criavam-se na serra a guardar gado.
À rabiça do arado,
A perseguir a sombra nas lavras,
aprendiam a ler
O alfabeto do suor honrado.
Até que se cansavam
De tudo o que sabiam,
E, gratos, recebiam
Sete palmos de paz num cemitério
E visitas e flores no dia de finados.
Mas, de repente, um muro de cimento
Interrompeu o canto
De um rio que corria
Nos ouvidos de todos.
E um Letes de silêncio represado
Cobre de esquecimento
Esse mundo sagrado
Onde a vida era um rito demorado
E a morte um segundo nascimento.
Miguel Torga
Barragem de Vilarinho das Furnas
18 de Julho de 1976
domingo, 24 de janeiro de 2010
Actualização sobre o julgamento da manif anti-autoritária e anti- fascista do 25 de Abril de 2007
O julgamento teve lugar no Campus de Justiça de Lisboa, um quarteirão com cerca de 10 edifícios onde se concentram todos os tribunais da cidade. Um local com tudo o que o progresso tem de pior: câmaras de vigilância em cada esquina e onde a arquitectura é o oposto de comunicação, convívio entre as pessoas, alegria e rebeldia.
Durante a sessão foram identificados os arguidos e lida a acusação a cada um deles.
Antes e durante o julgamento foram distribuídos flyers (texto em anexo)
No decorrer deste período, alguns companheiros concentraram-se no exterior do edifício do tribunal com uma faixa que dizia "Hoje como ontem Continuamos na rua Contra toda a autoridade", e gritaram palavras de apoio, como "A liberdade está nos nossos corações, Abaixo os tribunais e todas as prisões".
A próxima sessão ficou marcada para dia 11 de Fevereiro, na qual serão ouvidas as testemunhas da acusação (polícias).
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Coordinadora Antifascista da Estremadura : Solidariedade com os arguidos do 25 de Abril de 2007
Manifiesto:
Farsa judicial en portugal
http://www.kaosenlared.net/noticia/solidarios-con-los-11-lisboa
Hoy, 7 de diciembre, en Lisboa juzgan a 11 personas por expresar su rechazo al fascismo y el capitalismo en una manifestación durante el pasado 25 de abril de2007.
Acusados de “agresión, injuria agravada y desobediencia civil”, en realidad han sido detenidos aleatoriamente entre los manifestantes con el único objetivo de coger a once cabezas de turco mediante los que reprimir el movimiento popular portugués.
En el Estado vecino, durante los últimos años, el incremento de organizaciones sociales y políticas de extrema derecha (es representativo el aumento del peso mediático del partido fascista PNR) ha alarmado a muchas personas. Debido a este auge, se convocó una manifestación para el día 25 de abril de 2007, cuyo mensaje era claro: “contra o fascismo, mas também contra o capitalismo e contra toda a autoridade”. Varios cientos de personas se concentraron en la Praça da Figueira y marcharon en dirección al Chiado. Cuando la manifestación acabó, contaba con mas de 500 personas, en un ambiente formidable, llenando la plaza deLargo de Camões.
Entonces, un grupo de 150 manifestantes cometió la imprudencia de volver a descender el Chiado en dirección a Rossio, y cuando se encontraban en la Rua do Carmo, el Cuerpo de Intervención de la Policía de SeguridadPública (PSP) y varios policías de paisano cortaron la vía a ambos lados. Sin aviso previo ni orden de dispersión, comenzaron a cargar contra los manifestantes, sin que hubiera en ningún momento intención de dispersar la manifestación. La policía atacó a los manifestantes y continuó golpeando brutalmente a los que caían al suelo. Otros fueron perseguidos por las calles limítrofes y ni siquiera algunos transeúntes y turistas escaparon a la violencia policial.
Ese día se conmemoraba el fin de la dictadura fascista en Portugal y, paradójicamente, fue uno de los días en los que no quedaron dudas sobre la verdadera cara de la democracia. Para justificar la brutal actuación policial en este día simbólico, el Partido Socialista Portugués montó una campaña de desinformación a través de los medios de comunicación, pintando a los manifestantes como peligrosos y a la actuación policial se la declaró dentro de los principios de la “legalidad, proporcionalidad y adecuación”.
Once de los manifestantes fueron detenidos aleatoriamente durante la carga policial y han sido acusados de agresiones e injurias contra esos mismos policías que tan brutalmente actuaron. Ante esta farsa judicial, estos compañeros antifascistas, luchadores por la libertad, necesitan nuestra solidaridad. Hoy los juzgan en Lisboa, pero desde Badajoz mostraremos nuestro apoyo.
Ante la represión, el fascismo y el capital, ¡nuestra fuerza, la solidaridad!
Coordinadora Antifascista Extremadura
Sección Badajoz
[Más info: Boletín de la AIT Secçao portuguesa: http://ait-sp.blogspot.com]
terça-feira, 6 de outubro de 2009
[Lisboa] Farsa de julgamento a 07 de Dez. para 11 pesso as aderentes a manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007
manifestação Anti Fascista e Anti Capitalista no dia 25 de Abril de 2007 e
apelar à solidariedade contra a farsa judicial montada em torno das onze
pessoas que vão a julgamento dia 7 de Dezembro
No dia 25 de Abril de 2007 decorreu uma manifestação Antiautoritária
contra o Fascismo e o Capitalismo em Lisboa que reuniu aproximadamente 500
pessoas. Tendo iniciado na Praça da Figueira em ambiente contestatário,
mas festivo e sem incidentes, várias pessoas aderiram à manifestação ao
longo do percurso Rossio, Rua do Carmo, Rua Garrett até ao Largo de
Camões.
Após um breve período em que a manifestação permaneceu no largo Camões,
esta continuou espontaneamente pela Rua Garrett em direcção ao Rossio. A
presença constante da polícia durante a trajectória fez com que o clima
entre as partes fosse de tensão. A meio da Rua do Carmo, duas hordas de
elementos do corpo de intervenção da PSP e polícias à paisana encurralaram
os manifestantes na rua fechando as saídas e, sem qualquer ordem ou aviso
de dispersão, começaram a agredir brutal e indiscriminadamente
manifestantes, transeuntes e até mesmo turistas.
A polícia não tentou dispersar ninguém, pelo contrário, quis bater,
espancar e atacar os manifestantes. Pessoas que caíram no chão indefesas
foram ainda agredidas por vários polícias à bastonada e ao pontapé. Houve
perseguições por parte da polícia, levadas a cabo de forma bastante
agressiva, no local onde decorria a manifestação e por toda a Baixa de
Lisboa. Foram detidas onze pessoas e foi impossível contabilizar todos os
feridos entre manifestantes e pessoas alheias ao protesto. Aos
manifestantes juntaram-se, no fundo da rua do Carmo, vários transeuntes e
lojistas contra a brutalidade policial.
Com o apoio dos media, as forças policiais criminalizaram o protesto,
procurando encontrar legitimidade para a sua acção repressiva que é um
tipo de conduta permanente por parte do Estado, como podem comprovar, a
título de exemplo, os habitantes de bairros sociais. Assim sendo, a
detenção dos onze manifestantes surge como modo de justificar mais uma
carga policial.
Para além da detenção, estes manifestantes ficaram ainda sujeitos à medida
de termo de identidade e residência, tendo sido acusados de agressão,
injúria agravada e desobediência civil, acusações estas que, na verdade,
caracterizam a actuação policial. Querem convencer-nos que o mundo é o
inverso daquilo que realmente acontece, uma vez que as únicas agressões à
polícia foram em legítima defesa, postura à qual não se deve renunciar.
No próximo dia 7 de Dezembro vai ser o julgamento dos onze acusados nas
novas instalações judiciais localizadas no Parque das Nações/Oriente..
Apelamos à solidariedade em relação a esta situação em particular,
enquadrada num contexto de exploração e opressão quotidiana que não
deixaremos de combater.
alguns envolvidos no processo
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Vitória!
sábado, 12 de setembro de 2009
[Madrid] MANIFESTAÇAO ANTIFASCISTA: CARLOS, Nem esquecer nem perdoar
Reune: Amigos e colegas do Carlos.
A 11 de Setembro próximo fará um ano e 10 meses que o militar fascista Josué Estébanez de la Hija assassinara o nosso colega e amigo Carlos e tentou matar outro companheiro. Depois de muito tempo de luta ;pelos seus colegas antifascistas, não só em Madrid, mas em todo o Estado e várias manifestações de solidariedade em todo o mundo, e pela sua mãe e família ;durante a semana de 14 a 18 Setembro, terá lugar o julgamento no Tribunal Provincial, na Rua Santiago de Compostela, n º 98.
Nós respeitamos o processo e desejamos o melhor pra Mavi e outros parentes e amigos e esperamos que possam acabar com este ciclo. Para nós, nada vai mudar porque não acreditamos na justiça burguesa nem os seus tribunais fascistas, o nosso julgamento foi realizado no mesmo dia em que Carlos foi morto só por ser antifascista, foi um julgamento popular, realizado em cada bairro, cada casa, e que emitiu seu veredicto muito tempo atrás. Josué é culpado de arrebatar a vida de um jovem de 16 anos que lutou pela liberdade para todos contra o racismo, o fascismo e o capitalismo. Ele é o culpado de um assassinato político, um entre os milhares que os fascistas estão cometendo contra o povo, mas nós lembramos deles com o homenagem a Carlos. Fazemos este apelo para dar um forte impulso para a solidariedade, que as paredes falem o que a imprensa burguesa calha. A verdade deve estar na rua.
Temos de chamar a atenção para todos os culpados, do principal (o militar neo-nazinazi assassino de Carlos), por delegação do gobernó que, com total impunidade, permite que os fascistas saiam às ruas tornando-se cúmplices de estes quando passeiam pelos barrios dos bairros tentando vender o seu lixo racista, homofóbico, machista e fascista; ao exército a ser o mesmo exército fascista que esmagou com las armas (com a ajuda de Hitler e Mussolini) para o povo em 1939 e que após a transição negou qualquer comando de depuração. Mesmo hoje, o exército continua a ser um refúgio de fascista, onde treinam-se para matar por um falso estado democrático. Ao mídia burguesa por faalsear a e n ão tomar o significado político da classe que tenha esse crime. E, finalmente, o mesmo estado capitalista burguês e fascista mande quem mande, herdeiro directo do regime de Franco, que abrange tudo isso e o verdadeiro inimigo do povo e da classe trabalhadora.
Por todo isso chamamos a uma manifestação em 12 de Setembro às 18:00 h. em Praça Elíptica, convidamos a participar a todos aqueles querem honrar a memória de Carlos e todos os foram mortos pelos fascistas, para procurar mundo novo e melhor para se viver.
CARLOS, NEM ESQUECER NEM PERDOAR.
A MELHOR HOMENAGEM È CONTINUAR A LUTA.
MADRID SERÁ A TUMBA DO FASCISMO.
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Vídeo do assassinato fascista contra Carlos Palomino
Madrid. Em 11 de Novembro de 2007, um militar neo-nazi apunhala-lhe a sangue frio no metro de Legazpi, quando Carlos e um grupo de anti-fascistas dirigíam-se a uma manifestação contra a xenofobia do partido nazista Democracia Nacional.
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Coordenadoras e plataformas anti-fascistas do diferentes pontos do Estado espanhol situam-se frente ao julgamento contra o assassino de Carlos Palomino
[Manifesto]
14 de Setembro: Nem esquecer nem perdoar
No domingo, 11 de Novembro de 2007, o jovem anti-fascista Carlos Palomino decidiu não permanecer em casa dormindo e foi para protestar contra uma manifestação xenófoba organizada pelos nazistas de Democracia Nacional e autorizado pela Delegação do Governo.
Ser anti-fascista foi a única razão para que um militar neonazista, Josué Estébanez de la Hija, assassinara-lhe de uma facada no coração.
O discurso dominante, difundida pelas mídias, que aconteceu naquele dia foi uma “briga entre bandas" só tentava desviar o foco de atenção. O compromisso na luta contra os valores racista, homofóbico e fascista é longe de ter relação com a filiação a nenhuma “banda", exceto que a banda é composta por milhares de pessoas que assumimos esse compromisso como um dever.
Os atentados e assassinatos fascistas não podem ser caracterizadas como “brigas entre bandas", porque isso significa negar verdades importantes: a existência de grupos fascistas com um alto componente de violência, que operam aqui com maior permissividade que em qualquer outro Estado europeu; o legado de Franco o que supõe que o actual Chefe de Estado, Juan Carlos I, foi nomeado por Franco como seu sucessor em 1969; asim como que não tenham-se feito expulsões no âmbito das forças de segurança do Estado o Justiça.
Por isso nós gritamos que a 14 de Setembro, o dia que começa o julgamento contra o assassino de Carlos, nem esquecer nem perdoar.
Josué assassino. Não era auto-defesa, foi assassinato. Não som "brigas", é a luta de clases. Carlos, irmão, nós não esqueçamos.
A MELHOR HOMENAGEM È CONTINUAR A LUTA.
Subscrevem:
Acción Antifascista Salamanca
Acción Antifascista de Tenerife
Asamblea Antifascista de Burgos
Coordinadora Antifacista d'Asturies
Coordinadora Antifascista de Jaén
Coordinadora Antifascista de La Rioja
Coordinadora Antifascista de León
Coordinadora Antifascista de Madrid
Coordinadora Antifascista de Málaga
Coordinadora Antifascista de Zaragoza
Coordinadora Antifeixista Intercomarcal del País Valencià
Coordinadora Antifascista de Sevilla
Plataforma Antifascista de Zamora
Plataforma Antifeixista de Barcelona
Tradução: La Haine
domingo, 6 de setembro de 2009
[Carlo Giuliani] Polícia matou em legítima defesa segundo Tribunal Europeu...
O que diz a sentença é que o polícia não fez uso excessivo de força, pois respondeu ao que considerava ser um perigo eminente para a sua vida e para a dos seus colegas. Segundo o tribunal o estado italiano colaborou suficientemente com a investigação a este caso contrariamente ao que diz a família Giuliani.
O único ponto em que o estado foi prejudicado foi no que toca à planificação da segurança não só dos participantes da reunião do G8, mas também a segurança de quem protesta. Por esta razão o estado italiano terá que pagar 40.000€ à família Giuliani.
Certamente que este dinheiro não o trará de volta, e esta sentença acaba por não ser surpresa nenhuma... Obviamente que não iremos ver tribunal algum dar razão a quem se opõe ao sistema.
domingo, 30 de agosto de 2009
[Grécia] Thodoros Iliopoulos está livre!
A sua libertação é uma grande vitória tanto para ele como para o movimento de solidariedade! Vai continuar a luta para que as acusações sejam retiradas.
Para um resumo dos actos de solidariedade ver aqui.
Retirado de: Contra o Capital
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
[Grécia] Urgente: Chamada de acção internacional de solidariedade, Segunda-Feira 24 de Agosto
CHAMADA PARA DIA DE ACÇÃO PELA LIBERTAÇÃO IMEDIATA DE THODORIS ILIOPOULOS, EM GREVE DE FOME DESDE 10 DE JULHO
Chamamos todos os grupos em solidariedade para coordenarem as suas acções - propaganda, acções de informação, concentrações - pedindo a libertação imediata de Thodoris. Por esta razão, estabelecemos Segunda-Feira, dia 24 de Agosto às 20h como o dia e a hora em que unimos as nossas vozes e o nosso poder para pedir a libertação imediata de Thodoris Iliopoulos, em greve de fome.
Como parte desta acção a Iniciativa de Solidariedade com Thodoris Iliopoulos está a organizar um concerto na Propylaea em Atenas dia 24 de Agosto às 20h.
Na luta pela sua defesa e libertação, o nosso apoio é o ar que ele respira!
Vamos fazer ouvir a sua voz pelo mundo!
Retirado de: Contra o Capital
Para mais informações podem ler post relacionados aqui:
Post 1
Post 2
Post 3
Post 4
Post 5
segunda-feira, 18 de maio de 2009
[Porto] Altar - Ninho de Escumalha Nazi
Altar é um bar situado na Rua de Cedofeita que ultimamente tem sido invadido pela
escumalha Nazi. Esta invasão está a ser permitida de bom grado, já que os donos do
mesmo bar parecem defender este tipo de gente e ao mesmo tempo desprezar a nossa.
Já não são poucas as ocasiões em que em alturas de conflitos os Nazis fazem peito
por saberem que tem as costas quentes.
Alem dos Anti-fascistas tambem outras pessoas já foram alvos de agressão tanto
verbal como física por parte dos nazis. A raiva contra esta escumalha está a crescer
cada vez mais por parte de toda a gente mesmo fora dos círculos Anti-fascistas.
Sugere-se o boicote a quem não estiver disposto a respirar o mesmo ar desta gente.
Se o bar quer continuar a deixa-los entrar então é porque não sabe o que ai vem...
"Cada um com os seus ideais" é mentira para eles, por mais que o digam para
tentarem se fazer passar pelos bons da fita.
Como não respeitam ninguem não merecem ser respeitados. Não aceitam os nossos
ideais e não podem pensar nem por um segundo que alguma vez iremos aceitar
o deles.
TOCAM EM UM TOCAM EM TODOS!
quarta-feira, 22 de abril de 2009
1º de Maio Anticapitalista & Anti-autoritário - Manifestação - Jardim Príncipe Real – 16h, Lisboa
A nossa luta é directa e global, contra todxs xs que nos exploram e oprimem, contra o patrão no nosso local de trabalho, contra o bófia no nosso bairro, contra a lavagem cerebral na nossa escola, contra as mercadorias com que nos iludem e escravizam, contra os tribunais e as prisões imprescindíveis para manter a propriedade e a ordem social.
Não nos revemos no simulacro de luta praticado pelxs esquerdistas, ancoradxs nos seus partidos, sindicatos e movimentos supostamente autónomos. Estes apenas aspiram a conquistar um andar de luxo no edifício fundado sobre a opressão e a exploração, contribuindo para dar novo rosto à miséria que nos é imposta.
Recusamos qualquer tentativa de renovação do capitalismo, engendrada nas cimeiras dos poderosos ou na oposição cínica posta em cena pelos fóruns dos seus falsos críticos. Não tenhamos ilusões. Não existe capitalismo “honesto”, “humano” ou “verde”. A “crise” com que nos alimentam até à náusea não é nenhuma novidade. A precaridade não é só um fenómeno da actualidade, existe desde que a exploração das nossas vidas se tornou necessária à sobrevivência deste sistema hierárquico e mercantil.
Porque queremos um mundo sem amos nem escravos, apelamos à resistência e ao ataque anticapitalista e anti-autoritário. E saímos à rua.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
No pasarán! Manifestación antifascista en Dresden 14.02.2009
Primer informe de Indymedia UK.
En Dresden, Alemania, 4.000 antifascistas se manifestaron el 14 de febrero contra unos 6.500 neonazis, la manifestación fascista más grande de su tipo en toda Europa.
Ya al comienzo de la contra-manifestación de la coalición Antifa "No Pasaran", comenzaron los enfrentamientos con la policía. Poco antes de la llegada al punto final de la manifestación, hubo un asalto masivo de las fuerzas represivas, de modo que la marcha tuvo que ser disuelta.
"No Pasaran" había esperado 2.000 participantes, pero vinieron 4.000. La movilización antifa fue un éxito notable. Sin embargo, a pesar de los Antifas y otros miles de manifestantes de la coalición burguesa "Piensa", los nazis pudieron marcha en Dresde en gran parte sin interrupción.
Como cada año, al final de la marcha comenzaron las cacerías. Pequeños grupos de ambos bandos se encontraban en la ciudad y la policía fue, como siempre, completamente sobrepasada.
FOTOS
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Mais uma passagem baixa só para mostrar a fuselagem!
01 de Fevereiro de 2009, 15:11
Roma, 01 Fev (Lusa)
Um imigrante indiano foi hoje de madrugada brutalmente agredido e queimado vivo por um grupo de indivíduos numa estação de comboios nos arredores de Roma, tendo sido hospitalizado em estado muito grave, informou a polícia italiana.
O agredido, um sem-abrigo de 35 anos de idade, dormia na estação de Nettuno, na zona sul de Roma, quando vários indivíduos, munidos de uma garrafa de gasolina, o agrediram selvaticamente e lhe chegaram o fogo, segundo fonte da polícia citada pela agência Ansa.
A vítima continua hospitalizada e em estado muito grave em Roma.
A polícia segue a pista de uma agressão xenófoba, mas não exclui que os agressores tenham atacado a vítima para a roubar.
JMS. Lusa
NDR: É claro que foi atacada porque os agressores a queriam roubar!!! Roubar um sem-abrigo dá sempre lucro!
sábado, 3 de janeiro de 2009
quarta-feira, 11 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Comunicado de Madrid Antifascista
Comunicado sobre los sucesos que ocurrieron tras la manifestación convocada y realizada por Democracía Nacional Joven en Madrid con el lema "Vivienda Social. Prioridad Nacional".
El pasado domingo 1 de junio Madrid Antifascista convocó una concentración en la Puerta del Sol. A la misma hora el grupo de ultraderecha Democracia Nacional Joven había convocado una manifestación desde Cibeles a Sol bajo el lema "Vivienda Social. Prioridad Nacional". En un patético intento por llamar la atención aprovechando el tirón de las movilizaciones por la vivienda digna, incluso copiando sus lemas y logotipo, entre 50 y 100 neofascistas salieron a la calle fuertemente escoltados por la policía que tanto critican. Sus consignas tratan de dividir a la clase trabajadora en función de su procedencia haciendo el juego a políticos y empresarios, demostrando lo útiles que le son al sistema. El problema de la vivienda está causado por un sistema capitalista que antepone los beneficios de unos pocos a las necesidades de los trabajadores y dividir a estxs sólo va a reforzar el sistema. La solución al problema de la vivienda pasa por reforzar la solidaridad entre la clase trabajadora, de aquí o de fuera, y por imponer nuestras necesidades al capital.
Si permitimos que estos grupos se manifiesten tranquilamente hoy, alentando la xenofobia y el racismo estaremos dándoles la oportunidad de que crezcan, de que consigan engañar a lxs trabajadorxs más afectadxs por la crisis que se avecina. Hoy son pocos y tenemos que aprovecharlo, saliendo a la calle a impedirles que extiendan su mensaje tranquilamente, impidiendo que mañana sean más o que su mensaje cale en una sociedad desesperada y arrasada por el capitalismo. Y lo estamos consiguiendo, sus manifestaciones son ridículas, nuestra presión les obliga a ir completamente rodeados de policía y hasta su propia gente tiene miedo de acudir. Sus convocatorias no pueden publicitarse hasta escasos días antes por miedo a nuestra respuesta. No pueden tener locales abiertos al público, ni poner puestos publicitarios en plena calle. Los informativos sólo muestran su debilidad y su marginalidad. Este es el camino para frenar a estas organizaciones.
Aún así tenemos que hacer una fuerte autocrítica colectiva. El pasado domingo nos concentramos unas 200 personas en la Puerta del Sol, el despliegue policial era enorme y al poco tiempo de concentrarnos y desplegar nuestras pancartas la policía cargó contra nosotrxs sin mediar palabra. Entendemos que la reacción de los antidisturbios, que sólo cumplen órdenes de Delegación del Gobierno, responde a una determinada correlación de fuerzas. Si en vez de haber sido 200 hubiésemos sido 1000 o 2000 personas, Delegación seguramente hubiese preferido desviar el recorrido de la manifestación ultraderechista o bien impedir su desarrollo antes que enfrentarse a graves incidentes por el centro de Madrid. Al ser pocxs, no tuvieron ningún problema en disolver rápida y brutalmente la concentración antifascista, a pesar de que esto pudiese producir algunos incidentes. El crecimiento de los grupos ultraderechistas es algo que nos afecta a todxs en cuanto que somos trabajadorxs, pero se supone que dentro del movimiento anticapitalista deberíamos tener esto más claro. Que un domingo por la mañana sólo se concentren 200 personas para impedir una manifestación ultraderechista es otro síntoma más de que algo falla en este movimiento, que parece basarse más en la estética, lo lúdico y la pose que en unos planteamientos políticos claros y una voluntad real de cambiar las cosas. Tras lo ocurrido en Tirso de Molina todxs nos sentimos orgullosxs de haber hecho frente a la provocación nazi en uno de nuestros lugares más emblemáticos, pero ni se puede vivir del pasado ni tampoco podemos limitarnos a defender “nuestros” sitios. La presión contra los grupos fascistas debe ser continua y debe aplicarse allá donde vayan, obligándoles a esconderles/se y a seguir en la marginalidad.
No hay mucho nuevo que señalar en la actuación de la policía y Delegación del gobierno. Si nos reprimieron fue por la desigual correlación de fuerzas que se planteó el domingo en Sol. En la democracia burguesa de derechos formales y libertades abstractas, los grupos nazis como Nación y Revolución y los grupos neofascistas como Democracia Nacional tienen todo el derecho a manifestarse defendiendo el exterminio de seis millones de personas o que un sector creciente de la clase trabajadora no tenga acceso a la vivienda. La policía está para que puedan ejercer esos derechos y la ley les ampara. Nosotrxs no entramos en cuestiones de legalidad o ilegalidad, simplemente no podemos permitir que estos grupos se manifiesten impunemente, difundiendo su mensaje. La única novedad destacable es la petición a lxs detenidxs del delito contra los derechos fundamentales de reunión y manifestación. “Casualmente” DN había pedido a la policía que identificase a los convocantes de la concentración para poder denunciarles. Tanto lo uno como lo otro muestra que nuestra presión está haciendo efecto, que estamos en el camino correcto. DN exige mayor dureza porque ve como apenas puede actuar y se asfixia políticamente. Delegación de Gobierno y el Tribunal Superior de Justicia intensifican la represión para defender los derechos de lxs nazis y para evitar los enfrentamientos que necesariamente se producirán mientras estos grupos sigan existiendo y actuando públicamente. La represión no se puede evitar pero se puede minimizar, tratando de esquivar sus golpes y reforzando nuestra defensa a través de la seguridad, la solidaridad y el apoyo mutuo.
Una vez más vemos como las empresas de la comunicación burguesas siguen los patrones marcados por el sistema capitalista, buscando el sensacionalismo y la criminalización. Intentan vaciar de contenido nuestras convocatorias tachándonos de ultras, radicales y antisistema pero esto no nos preocupa, nuestro camino va por otro lado y esta actitud sólo demuestra quien maneja y al servición de quien están los grupos de comunicación de masas que, una vez más, nos demostraron que no son capaces de decir dos palabras sin soltar una mentira. El domingo los antidisturbios cargaron brutalmente en la puerta del Sol, hiriendo a varias personas, lanzaron pelotas de goma en las calle Preciados y Gran vía llenas de gente a esas horas, golpearon hasta cansarse a varixs de lxs detenidxs.
Llamamos a todxs aquellxs que se consideran antifascistas a la reflexión sobre la problemática social que nos plantean este tipo de grupos nazis y la permisividad con la que se les deja actuar.
Madrid Antifascista
segunda-feira, 2 de junho de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Concentración antirracista y antifascista
Domingo 1 de junio de 2008 a las 12:00h
Puerta del Sol
Convoca: Madrid Antifascista
Este domingo 1 de junio los nazis de Democracia Nacional Joven convocan una manifestación a las 12 en Cibeles con el lema Vivienda Social, Prioridad Nacional.
De sobra sabemos que a esta peña no les importa lo más mínimo el problema de la vivienda, sino que ven en él un buen filón con el que convencer a la gente puteada, con un discurso que nos separa a los trabajadores en nativos e inmigrantes, facilitando de este modo que los capitalistas nos toreen, y desviando la atención de las verdaderas causas de la dificultad en el acceso a una vivienda.
Esta escoria es la misma que convocaba una manifestación el 11 de noviembre del año pasado en el barrio madrileño de Usera con el lema Contra el racismo antiespañol. A impedir esta manifestación se dirigía Carlos, cuando fue apuñalado por un militante de Democracia Nacional, que además formaba parte del ejército español.
No podemos permitir que estos grupos salgan a la calle libremente.
Invitamos a todas las personas a demostrar, una vez más, que al fascismo se le combate en la calle.
FASCISTAS NO, NI EN LAS URNAS NI EN LAS CALLES
Coordinadora Antifascista de Madrid
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
[Lisboa] Manifestação Anti-Autoritária
Nota Prévia: Antes de mais é necessário referir que este blog não passa disso, um blog... Não é por ter sido postada a convocatória da manifestação que quem aqui escreve passa a ser da organização da mesma. Aliás, esta convocatória foi publicada em inúmeros sites e blogs.
É também engraçado o conjunto de movimentos que referiram estar ligados a esta manifestação. Principalmente o Stop the Lisboa Treaty, que é uma iniciativa de cidadãos alemães que se dedicam a publicar textos a exigir um referendo para a Constituição Europeia e também a denunciar algumas desigualdades sociais na Europa. Não se percebe qual a ligação que os senhores jornalistas encontraram com esta manifestação. Outra coisa foi terem referido os "Ultras", que toda a gente associa rapidamente a hooligans violentos desejosos de causar o caos e a destruição. Não se entende porque não escreveram o nome completo da organização, que é Ultras Contra o Racismo que já há muitos anos lutam pela erradicação do racismo nos estádios de futebol.
Depois, a Agência Lusa afirma ter tentado contactar os organizadores da manifestação para esclarecimentos. Que se saiba ninguém foi contactado.
Subtilmente os senhores jornalistas tentaram denegrir esta manifestação dando a entender que é apenas um grupo de miúdos rebeldes que não tem respeito por ninguém...
De notar também a insistência destes senhores jornalistas em tentar fotografar os manifestantes de cara destapada, mesmo depois de os mesmos terem feito perceber que não queriam ser fotografados.
Agora a manifestação propriamente dita:
Quando a manifestação partiu da Praça da Figueira havia, notoriamente, alguma tensão no ar. Houve mesmo uma conversa mais acesa com um jornalista que apesar dos avisos estava a insistir na captação de fotos aos manifestantes.
A polícia andava sempre nas redondezas e sabíamos que estavam à espera de um deslize nosso para poder intervir. A dianteira da manifestação estava a avançar rapidamente o que fez com que o corpo da mesma ficasse um pouco disperso. Circulava a informação (ou boato) de que a polícia poderia tentar partir a manifestação ao meio. Por essa razão o pessoal que seguía na frente começou a andar mais lentamente para assim o grupo fosse mais compacto e por conseguinte mais difícil de dividir.
Ao chegar ao Rossio houve alguns atritos com o pessoal da Associação 25 de Abril como é aqui relatado:
A concentração saiu da Praça da Figueira, passou pelo Largo de São Domingos e fez-se notar ao entrar no Rossio, com os tambores, buzinas e coros a inquietarem os membros da Associação 25 de Abril, que fazia naquela altura as suas intervenções num palco montado frente ao Teatro Nacional Dona Maria II.
"Vieram provocar uma manifestação organizada e a polícia sem fazer nada. Eu já fiz um 25 de Abril, agora tenho que fazer outro?", queixou-se um dos elementos da associação, que preferiu não se identificar.
De referir que nós não estávamos ali para provocar os senhores... Nem estávamos ali para festejar o 25 de Abril... Estávamos na rua para protestar contra o estado deste nosso mundo (falando de maneira generalista), contra o capitalismo, fascismo, e contra o cada vez mais enervante comodismo das pessoas...
Ouvimos algumas bocas, mas enfim, a manifestação continuou...
Ao chegar à Rua Augusta andámos muito devagar devido às esplanadas dos cafés. De referir o episódio do "homem-estátua" que, muito bem disposto, interrompeu a sua actuação para dar passagem ao grupo, a ele obrigado!
Depois, circulou outro aviso (ou boato) de que a polícia estaria pronta a intervir e que essa intervenção seria feita pelos lados para assim poder dividir o pessoal. O lado que estava mais exposto era o direito, mas tendo em conta a união do pessoal é bastante provável que se tivesse conseguído resistir em caso de ataque. Mas felizmente, isso não se verificou e a manifestação chegou pacificamente ao Terreiro do Paço onde forma queimadas as notas de 500 e foi lido mais um comunicado.
De referir que os senhores jornalistas só conseguíram perceber algumas palavras dos dois comunicados que foram lidos que foram: "Chibos infames", "Sangue nas ruas", "continuamos e continuaremos nas ruas"... Mais uma vez é uma mensagem violenta que passam, mas já vamos estando habituados...
Depois de algum tempo no Terreiro do Paço a manifestação começou a desmobilizar e de referir que os vários grupos que se iam retirando eram seguídos pela polícia que aproveitava para tirar fotos a quem já estava de cara destapada. Mesmo depois de desmobilizada houve agentes à paisana que tentaram criar confusão para justificar uma intervenção dos seus colegas robocops. felizmente toda a gente percebeu o que se passava e ninguém perdeu a compostura.
Foi talvez um dia perdido para os repórteres sedentos de sangue e de lojas partidas e de gente assaltada... Mas para nós foi um dia em cheio.
Paz Saúde e Anarquia
domingo, 13 de abril de 2008
Manifestação - 25 de Abril
Um ano depois do ataque policial em pleno Chiado no dia 25 de Abril de 2007, dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense , perante os ataques continuados da polícia em Bairros Sociais e por todos os episódios de abuso e violência perpetrados pela repressão organizada do Estado, convocamos uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.
Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o 'descontrolo' das populações no pós 25 de Abril.A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial.
O sistema capitalista, na sua vertente democrática, leva-nos a pensar que não sabemos gerir as nossas vidas e que a polícia é uma realidade à qual não podemos fugir. Como se não bastasse vivermos num estado policial, querem que sejamos nós próprios os polícias das outras pessoas, de nós próprios e dos nossos vizinhos. A polícia, que todos os dias reprime e violenta, não serve a ninguém se não àqueles que lucram com a miséria de todos os outros, àqueles que nos oferecem uma vida controlada, que destroem os ecossistemas, que impõem fronteiras entre regiões, que nos roubam no trabalho, que nos dizem como devemos ser e que nos querem convencer que somos indivíduos, quando a nossa individualidade não passa de uma ilusão no leque de possibilidades que a sociedade de consumo nos deixa ter.
Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias. Todos estes métodos de controlo e repressão são tendencialmente universais e à medida que o tempo passa achamos serem cada vez mais normais e sabemos serem também mais presentes.
Todos conseguimos resolver os nossos conflictos, pensar pelas nossas próprias cabeças, imaginar como realmente queremos que sejam as nossas vidas.
Apelamos à participação de todos aqueles que condenam a violência policial e os métodos que o capitalismo e o estado têm para nos controlar.
Praça da Figueira, Lisboa, 17:30h, 25 de Abril de 2008.
terça-feira, 25 de março de 2008
Texto sobre o 25 de Abril publicado "lá fora"
11 people arrested at anti-fascist demo in Lisbon, Portugal
From some Anarchists in Lisbon
25 of April, Lisboa, Portugal. 400 people participated in an illegal anti-fascist demo. After the programmed end of it, a different and smaller group of 50 persons, marched towards the fascist party headquarters, but the riot police stopped them with brutality, and eleven arrests were performed.
This is what happened: around 400 people protested after the official celebrations of the downfall of the dictatorship on April 25th, in an anti-authoritarian, anti-fascist and anti-capitalist demonstration, that began around 18h30 in Praça da Figueira, in the center of Lisbon and ended at Largo Camões by 19h30. The demo went quickly and although surrounded by a considerable amount of policemen, there were no arrests. Throughout the way, some sentences were painted on the walls, and some bulbs with paint were thrown at shops and banks.
Obviously, compared to the parades that have gone down Av. da Liberdade shouting the same words every year since 30 years ago, this demo took a more combative and radical look, with words for today and not for the past.
In this sense, it was the answer that had to be given to the growing fascist provocation of the recent times here in Portugal. It was also the first time, since I remember, that a demonstration on April 25th had a way of combat and conflict other than the ones that occurred during the 18 following months of April 25th 1974.
Since then, the demonstration had the advantage not to have been directed at the general and conformed image that celebrates democracy that we have, but rather to express the will of liberation that characterized the revolutionary period.Arriving at Lg. Camões, most of the demo went away. The rest, around 50 persons, felt something was left undone and decided to do the circuit the other way around, in order to reach PNR's (the nazi fascist party) headquarters. In that direction, went down Garret street passing by a considerable amount of police and followed very closely by some undercover cops.By that point, the demo was composed by a nucleous of face-covered dressed in black people, as well as many people that just wanted to see what would happen. This spontaneous demo was way smaller than the one that had gone up, and carried by enthusiasm, the people in the front of the demo were walking at a fast pace. By Armazéns do Chiado, and after a brief hesitation to decide which the best way, it went down Carmo street. By this point, some demonstrators banged some outposts and paint bombs were thrown at multinationals. Chiado was way emptier than one hour before, which is actually normal.
It was then that a couple of protestors stopped to wrote graffiti: "25th of april has gone, but the law of the the bat remains". The remaining people advanced, except for a small group that stayed back in order to guarantee their mates security, still shouting for people to wait. When the graffiti was done, a group of undercover cops, possibly from Secret Services or something similar, surrounded the two authors and tried to arrest them, but they were instead surrounded by the small group that stayed behind. A quick exchange of pushes allowed the pigs to understand they were not dealing with a bunch of frightened kids. They then let go of the people they were trying to arrest, pulled out extendable bats, and backed away together. One of the pigs was talking over the radio calling for the riot police. The rest of the demonstration that had already passed the st. justa escalator, realising that something was happening in their back ran to the back, where their mates were shouting against the undercover pigs. A very-light was thrown into the air. Two vans arrived at the bottom of the street and another at the top, blocking all the exits out of this street. The passengers (riot cops)came out, and charged. The around twenty cops down at the bottom were waiting to slaughter everything that came, and the ones from the top, were violently banging everyone, telling them to go down, as the ones down just didn't let you escape without getting beaten. Not all the cops had shields and helmet. A lot of protesters tried to withstand the police charge, but many just stood against the wall or hid in shops. The ones who tried to resist them, were beaten, the ones who didn't try to resist were beaten, tourists were beaten, people that were just passing by at the wrong time, at the wrong place were beaten by the portuguese police bastards. The boss of the riot cops yelled at his robocops to stop after the first charge, since there was not a resistance worthy of such amount of violence, and what was happening now, was just beating of protesters. He had no success and realising it, joined his men, doing what they do best. The cops that came down Rua do Carmo, yelled people to go down while beating them, the ones that went up yelled people to go up, beating them, naturally. Everyone that fell down was kicked and beaten. The ones that stood against the wall, were also beaten, most of them not beating back. Everyone that replied their violence was specially attacked, but most of the protestors were able to keep the cops at a certain distance and escape by the bottom of the street, being followed and separating next.
Twelve people were arrested being most of them beaten up while already hand-cuffed, the good old police way. It's also hard to believe that if someone in the demonstration, had in fact molotov cocktails, and beholding such a passionate demonstration of democratic police authority, would even hesitate to use them. They would have at least had the advantage of keeping the cops away time enough for most people to run. In that way, the riot police charge, gave every reason to all the people who took flags with steel poles to the demo. Bare hands are not exactly the appropriate tools to fight the police authority. It has also to be said, that had the demo showed a firm intent and tactic thinking to resist, it wouldn't have been so hard to make the police withdraw. Organized as a bunch of idiots who like to beat scared people up, with no organization or method, the riot police is nothing but a gang of bullies in uniforms and equipped at our expenses. Someday they'll get to know something more than soccer matches.
To finish, authority, power, the monopoly of violence, private property are so widely written in our imaginations, that it even sounds weird someone would defy those pillars of western civilization. We seem only capable of regretting the "excessive" police violence. I remember to this purpose, that police violence in Portugal was always excessive, except of course, when it's about powerful criminals. About the neo-nazi groups, the police authorities handle it as if it was nothing more than a radical and paramilitary unit of Migration and Borders office.
Once and for all, the pigs beat people because they're frightened. And they should be. Violence is neither good nor bad. Violence is.
On more recent developments, all the arrested mates were released yesterday, 26th of april. They are now being charged with vandalism and disrespect towards authority. Their lawyer has already declared they had no violent intents, and they are now charging the police officers by several injuries.
The police version of what happened insists 5 police officers were injured and only 2 protesters, but the truth that we all know happened, was that lots os people were injured, I mean, most people were injured, and only five cops had the same treatment.
The mates that were arrested were received outside the courthouse by many anti-fascist supporters, with joy and cheers, so that they know, we will always be together, and no mate should be left behind. Every prisoner is political! It was since long time, the first time in Portugal, that people stood (at least for 5 minutes) for something they believe in.
The first time I've seen us trying to withstand the riot police charge, and who knows, maybe next time, we can.
http://www.325collective.com/anti-fascist_lisbon07.html
segunda-feira, 24 de março de 2008
Boikot: Hasta Siempre
BRAGANÇA. Cidade localizada em Trás-os-Montes, apenas a 12km de Espanha, é sede de concelho e capital do distrito homónimo. De origem pré-histórica (era a antiga Brigantia), recebeu o primeiro foral de D. Sancho I em 1187.
ANTI-. pref. Dá a ideia de acção contrária, oposição, contrariedade, contra, direcção oposta.
FASCISTA. adj. Do fascismo. || m. e f. Partidário deste movimento.
FASCISMO. do It. fascismo < Lat. fasces subs. m., ideologia e sistema político e social totalitário introduzido em Itália por Mussolini, cujo emblema era o feixe (fascio) de varas usado pelos antigos lictores romanos, significando a união nacionalista, e que se caracterizou por um controlo estatal da maior parte das actividades, pela concentração do poder na pessoa do ditador e por um nacionalismo exacerbado.
Acende a tua consciência!
Junta-te à nossa luta! Combate este flagelo!
Não importa a tua cor política, muito menos a tua cor de pele! Não importam as tuas cores clubísticas nem as orações que rezas! Não importa a música que ouves ou os programas de TV que vês! Se não defendes o fascismo estás do nosso lado! Só tens que o começar a mostrar! Isto sim, importa!
Envia-nos um email com os teus dados (Nome, data de nascimento, profissão e localidade) para o endereço electrónico bragancaantifascista@gmail.com
Serás contactado assim que possível para receberes todas as informações que precisas!